14 de janeiro de 2012

Por favor, sai.

Será que da pra você sair dos meus pensamentos? Seu gosto sair da minha boca? Seu cheiro sair do meu quarto? Seu rosto sair da minha linha do horizonte? Seu olhar desencontrar o meu? Será que dá pra eu te ver, mesmo que de costas, e não perder o ar? As quatro letras do seu nome parecem pular da minha boca quando eu menos espero. E até quando quero falar de outra pessoa. Não quero mais olhar no espelho e ver alguém que não consegue desapegar desse sentimento. Por favor, sai.

Isso ta me enchendo o saco já. Sabe, já deu pra bola desse negócio de ficar idealizando uma esperança que transborda hipocrisia. Por que essa esperança há de sumir de mim.

Eu acho estranho, pra dizer a verdade. Como podemos, sei lá, terminar um relacionamento de anos e no dia seguinte não sentir mais nada, mas conhecer uma pessoa, conviver com ela algumas horas por alguns vagos encontros, e esses encontros sim, ficarem pra história? Deve ser uma parte muito incompetente do nosso cérebro que cuida desse departamento do amor. Por que, cá entre nós, são raras as vezes em que algo da realmente certo.

Mas quando as coisas não dão certo, temos o prazer de conhecer melhor as pessoas à nossa volta, e elas podem ser magnificamente compreensivas e queridas. Talvez elas até te deem aquele dengo que ta faltando, e isso vai ser bom. Você vai gostar.

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