5 de janeiro de 2012

É uma pena.

Ontem mesmo, tive um sonho bonito, e você o consideraria da mesma forma, duvido que não. Eu estava deitava ao seu lado, novamente (como é bom poder dizer que isso já aconteceu), e você acariciava meus cabelos, me olhava com esses seus olhos profundos, dessa vez apaixonado, me demonstrando isso como nunca, embora eu tenha duvidas sobre a sua louca vontade de continuar sozinho nessa vida amorosa, merecendo, talvez até mais do que eu, alguém decente que valorize cada sussurro que sai delicadamente pela sua boca. Me olhava e sorria, visivelmente feliz.

Eu gostaria de te ligar exatamente agora, e dizer-lhe o quanto sinto a sua falta e como o sonho que tive foi bonito, mas talvez você não iria gostar de ouvir. Então hoje a noite eu vou deitar a cabeça no meu travesseiro e vou pedir a, seja lá quem for que olha por nós, pra fazer com que você me de um sinal de que talvez exista alguma coisa, nesse seu coração calejado por outros amores, guardada pra mim quando o inverno chegar e sua carência estiver precisando das minhas palavras de amor. Ou que, se realmente a minha dedicação for em vão, apague qualquer sentimento que seja maior que admiração e amizade, e me deixe seguir em paz com as lembranças bonitas que tenho de ti.

Essas lembranças são realmente bonitas. Demonstrações visíveis de caráter e respeito. Talvez até de condolência, já que eu estava um tanto abalada por um babaca que decidiu cruzar meu caminho em um certo dia. Mas isso não vem ao caso. O fato é que eu gostaria de ser a pessoa que vai te respeitar e te amar. Te acarinhar e te ajudar nos momentos em que for preciso. Eu quero ser a pessoa que você vai olhar e suspirar fundo. Aliviado. Por ter encontrado. E nesse momento meus olhos vão estar marejados, cintilantes.

Eu gostaria que isso fosse real. Que você tornasse real.

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