E eu fui em busca daqueles velhos livros, como um homem que necessita encontrar certa coisa.
Eu procurava algo maior que páginas com contos, histórias e gravuras sem sentido escritas por alguém que não viveu nada do que escrevia.
Procurava desesperadamente meus sonhos. Meus amores. Minha felicidade, e minha esperança renovadas.
Por falar em amores... Ah os amores passados, que de lembrar fazem-me flutuar em um profundo suspiro. Sabes? Aqueles amores bobos dos tempos do colegial, oh como era feliz e não sabia. Um homem de tal status, hoje advogado, cheio de afazeres diários, "arrumando" os erros de outras pessoas enquanto sua vida vai ficando para trás, afinal advogados não tem muito tempo para sua vida social. Ou até pode ter, mas não passará de superficial.
Dizem que homens não choram, eu choro.
Dizem que homens não amam, ou até amam mas com um certo "limite" de sentimentos.
Eu digo, já amei sem limites, e digo mais, fiz loucuras por amor, sofri, fui feliz, amei, fui amado, tudo que muitas mulheres acham que a gente não sente.
Ingenuidade das tais.
Mas bem, quem sou eu para dizer o que elas pensam não é mesmo?
Mais complicadas do que um manual todo em inglês.
Sim, eu sei que não deveria ter citado a parte do "inglês", mas na minha profissão deixei isso totalmente de lado, confesso que não suporto nem ouvir falar na quele tal de verbo "tuby". (risos)
Mas sou competente o suficiente para me virar com o básico da coisa.
Mas voltando ao meu foco, a minha procura por lembranças... Achei em uma das trocentas caixas de papelão velhas, alguns albuns de fotografias, família, amigos... E até o book da faculdade!
Que saudade dos tempos que não voltam mais. Deixei minha vida social de lado pra viver em função da minha profissão, ta certo que as vezes é preciso, mas é complicado.
Enfim, ao término das minhas procuras por recordações que me renderam uma tarde inteira, senti tudo de volta, e parece que fiz uma regressão, fui até minha cidade natal, revi meus amigos, família. Dei uma passadinha pela faculdade que me tornou o que sou agora, e voltei ao meu estado de realismo, tudo é passado.
E entre xícaras de café e foliadas em albuns antigos, chegou a hora de voltar para o trabalho e deixar de lado, novamente, a parte social da vida de um competente advogado.
8 de setembro de 2008
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